O termo sócio proprietário aparece com bastante frequência no ambiente de negócios, principalmente em referência ao fundador de uma empresa ou entidade.
Mas você sabe quais são as atribuições do cargo e quais as diferenças entre sócio proprietário e sócio cotista?
Se tem alguma dúvida, entenda a seguir como funciona a composição societária dos principais tipos jurídicos do Brasil e qual o papel dos participantes nos negócios.
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O que é sócio proprietário?
Sócio proprietário é aquele que detém parte ou a totalidade do capital social de uma empresa, tendo participação nos lucros e responsabilidade nas decisões estratégicas.
Ele é um dos donos da empresa, podendo ser o sócio fundador ou não, e responde pelas obrigações legais, financeiras e administrativas, conforme sua participação e o contrato social.
Um empreendedor que resolve abrir uma loja em sociedade torna-se sócio proprietário do estabelecimento.
O mesmo acontece se ele, ao invés de começar do zero, resolver comprar a loja em sociedade com outros investidores.
No contexto empresarial, o termo sócio proprietário deriva do conceito de sociedade, palavra que aparece em praticamente todos os tipos jurídicos.
O sócio, portanto, é dono de quotas do capital social de uma empresa (sociedade), ou seja, tem participação societária no negócio.
As sociedades, por sua vez, se dividem em diferentes tipos, como sociedade simples, limitada ou por ações.
No contexto geral, o sócio de uma entidade pode ser classificado como:
- Sócio proprietário: co-fundador ou alguém que tenha comprado a empresa por meio de um M&A
- Sócio administrador: responsável por administrar o negócio, podendo ser ele mesmo o sócio proprietário
- Sócio cotista: investidor que aportou recursos na empresa em troca de quotas, mas não participa do dia a dia da gestão do negócio.
Dependendo do contexto em que a organização está inserida, podem existir outros tipos de sócio, como o sócio operador.
A ideia, nesse caso, é promover funcionários com conhecimento sobre o negócio ao status de sócio, visando à descentralização da gestão.
Atribuições do cargo de sócio proprietário
O sócio proprietário exerce um papel estratégico na empresa, mesmo não se envolvendo diretamente nas operações do dia a dia.
Como vimos, ele tem a opção de delegar a gestão cotidiana a outros profissionais, como um administrador contratado ou a outro sócio.
Se o sócio proprietário decidir participar ativamente da gestão, ele pode assumir o papel de sócio administrador, sendo responsável por tomar decisões importantes e gerir as áreas operacionais da empresa.
Por outro lado, caso opte por não se envolver diretamente, ainda mantém a responsabilidade de definir diretrizes estratégicas, acompanhar resultados e assegurar que a empresa esteja no caminho certo para atingir seus objetivos.
Nesse contexto, suas principais atribuições são:
Gerir o negócio
De maneira ampla, a gestão empresarial inclui todos os aspectos do negócio: marketing, comercial, financeiro, estoque, recursos humanos, entre outros.
É função do sócio proprietário delegar funções, cobrar resultados, terceirizar atividades secundárias e empenhar esforços para que a empresa obtenha os melhores resultados.
Planejar o negócio
Planejar é olhar para o futuro com base na realidade presente.
Com a ajuda de consultores e assessores, o sócio proprietário deve construir um plano com visão de longo prazo.
Para fazer um bom planejamento, é preciso conhecer a realidade interna (equipes, estrutura, linha de produção, capital) e externa (concorrência, condições macroeconômicas, etc).
Tomar decisões de gestão
Tomar decisões sobre os diferentes aspectos do negócio é uma das funções mais importantes do sócio proprietário.
Vale ressaltar que as decisões do gestor têm consequências, que podem ser boas ou ruins.
Caso fique provado, por exemplo, que ele agiu em desacordo com o estatuto social e com a legislação vigente, levando a empresa ao fracasso, seus bens pessoais podem ser bloqueados.
Analisar os números da empresa
É função do sócio proprietário, ainda, monitorar e analisar os números da empresa.
Deve, para tanto, acompanhar o desempenho financeiro, como receitas, despesas, lucros e fluxo de caixa, para garantir que o negócio se mantenha saudável e sustentável.
A análise de indicadores-chave de desempenho (KPIs) faz parte desse contexto, visando avaliar a eficiência operacional e identificar oportunidades de otimização.
Contratar e manter talentos
Um sócio proprietário não consegue gerenciar todas as áreas do negócio sozinho, especialmente quando a empresa ultrapassa determinado patamar de crescimento.
Por isso, uma de suas funções também é contratar e manter talentos que executem as estratégias planejadas.
Esse processo começa pela criação de um ambiente atraente, onde profissionais qualificados queiram trabalhar.
Em muitos casos, inclusive, vale contratar um profissional de RH para recrutar, desenvolver e reter esses talentos, permitindo que o sócio se concentre em áreas mais estratégicas.
Responsabilidade legal
Outra atribuição importante do sócio proprietário é representar legalmente a empresa.
Cumprir com as obrigações fiscais e trabalhistas, responder perante a Justiça em nome da empresa e zelar pelo cumprimento de todas as regulamentações aplicáveis são alguns exemplos
Outros sócios ou administradores também podem dividir tarefas como essas, mas a responsabilidade final geralmente recai sobre o sócio proprietário.
Como podemos ver, o papel do sócio proprietário é multifuncional e envolve desde o controle estratégico do negócio à delegação de funções.
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Quantos sócios proprietários uma empresa pode ter?
A quantidade de sócios proprietários que uma empresa pode ter depende do tipo jurídico escolhido.
No caso das sociedades limitadas (LTDA), é comum que haja mais de um sócio proprietário, já que este modelo jurídico é baseado na divisão de quotas entre os sócios.
As quotas representam a participação de cada sócio no capital social, sem limite de sócios definido por lei.
Na Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), por outro lado, o sócio proprietário é único, ou seja, o negócio é formado por um único empreendedor que detém 100% das quotas da empresa.
Esse modelo é ideal para quem deseja ter controle total sobre a empresa sem a necessidade de sócios, limitando sua responsabilidade ao capital investido.
Já nas Sociedades Anônimas (S/A), o número de sócios, chamados acionistas, pode ser bem mais amplo.
As ações podem ser negociadas publicamente em bolsas de valores (no caso das S/As de capital aberto) ou mantidas entre um grupo restrito de investidores (no caso das S/As de capital fechado).
Como ser o sócio que sua empresa precisa
Sua empresa precisa de um sócio proprietário dedicado, que tenha visão empreendedora e saiba gerir o negócio de maneira equilibrada, sem assumir riscos desnecessários.
Nesse aspecto, confira algumas dicas de como aumentar as chances de sucesso na jornada empreendedora:
Seja um sócio líder
Ao desenvolver as habilidades de liderança, você consegue motivar e engajar a equipe em busca dos objetivos da organização.
Ao inspirar os demais colaboradores, o gestor contribui para tornar o ambiente de trabalho mais produtivo e agradável.
Esteja atento às oportunidades do mercado
O mercado é dinâmico e os hábitos dos clientes mudam à medida que aparecem novas soluções em serviços e produtos.
Como sócio proprietário, você precisa estar atento às transformações e às novas oportunidades para garantir o crescimento e a sustentabilidade do negócio.
Cuide da organização contábil e financeira
No âmbito interno, esteja atento às rotinas contábeis e financeiras, bem como às obrigações perante o governo.
Uma empresa financeiramente bem gerida reúne as condições necessárias para inovar, buscar fontes de recursos para crescer e gerar cada vez mais valor para seus sócios.
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